O Post-Rock é daqueles géneros que não tem necessariamente que ser inovador ou complexo para nos prender a atenção. De facto, se olharmos para bandas como Explosions in the Sky, Mogwai e Boards of Canada, entre várias outras, é fácil apercebermo-nos que se há algo que parece ser um elemento comum em todo o post-rock, é a sua sonoridade despida e despojada de adornos desnecessários.
Não que não exista post-rock mais elaborado, complexo ou até com tendências progressivas, mas essa parece ser mais uma excepção do que uma regra. O que nos traz a “All Is Violent, All Is Bright”, o segundo disco de longa duração dos irlandeses God is an Astronaut.
O grupo é na verdade um trio constituído pelos irmãos Torsten Kinsella (voes, guitarras, teclas) e Niels Kinsella (baixo, guitarras e todos os elementos visuais do grupo), além de Lloyd Hanney nas baterias e sintetizadores. Ao longo do disco paira uma atmosfera adocicada e etérea, caracterizada por guitarras minimalistas e hipnotizantes, com músicas bem estruturadas e de uma composição bastante emocional.
As paisagens sonoras baseiam-se em Crescendos e são maioritariamente em slow tempo, os quais tendem muitas vezes a culminar em explosões de ruído e distorção, certamente capazes de servirem como um acompanhamento perfeito para o nosso primeiro café do dia.
Não sabemos se será por influência do nome da banda, mas há uma atmosfera quase espacial na música de God Is An Astronaut, como se fosse capaz de nos fazer levitar sobre as nuvens enquanto contemplamos a vida terrestre em movimentos lentos. |Lauro Lopes
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